(Título da matéria do Jornal El País – 02/02/2016)
A alguns dias, ao receber em minha timeline um artigo do Jornal El País, rapidamente identifiquei-me com o que lia. Houve empatia com as palavras, houve semelhança com a minha história, mas acima de tudo, houve reflexão sobre o futuro da nossa forma de trabalhar.
No começo do ano de 2015, com 30 anos de idade, e após ter criado uma agência de comunicação que estava com aproximadamente 7 anos de vida “física”, escrevi aqui mesmo, no Ideia de Marketing sobre as mudanças que eu faria em relação ao meu modelo de trabalho, desde a ruptura de uma estrutura física até a demissão dos funcionários formais da empresa. O grande objetivo seria o de estar mais próximo aos meus clientes, levando em consideração a rotina acelerada de todos eles, que não permitia que frequentassem a estrutura física que eu havia construído para eles.
Pois bem, resumidamente conto para todos vocês que os resultados obtidos com esta mudança foram excelentes. Mas, relatarei alguns pontos de dificuldade que encontrei ao longo do destes 13 meses de caminhada.
Como no texto que li, por todos os lugares que passei e contei a minha história, ouvi palavras de apoio e de compreensão, em contrapartida, nem todos os empresários confiaram que este novo modelo de negócio seria eficaz na contratação para suas empresas. Pois bem, qual é conclusão que tiro deste paradoxo vindo dos empresários? Eles ainda confiam mais em estruturas convencionais, onde a qualquer hora eles possam entrar e “ver” que as pessoas estão sentadas em frente ao computador, supostamente trabalhando. Ainda somos medidos pelo que temos e não pôr o que podemos oferecer, emitimos confiança através de quatro paredes, é o material vencendo a batalha do intelectual.
Mas, garanto a vocês que após esta mudança, a produtividade do trabalho aumentou vertiginosamente, as minhas preocupações caíram na mesma proporção e o resultado de lucratividade = felicidade, finalmente apareceu. Mesmo me deparando com diversos empresários que não conseguiram se adaptar ao modelo de negócio que implantei, encontrei diversos outros que se adaptaram facilmente, e entendem que desta forma estão atingindo maiores resultados e um prazo mais curto de tempo, devido a atenção, dedicação e personalização deste novo serviço.
Na matéria do El País, Adam Davidson, colunista do New York Times, diz: Identifica-se um projeto, reúne-se uma equipe, trabalha-se o justo e necessário para completar a tarefa e a equipe separa-se. É o modelo com o que agora se constroem pontes, desenham aplicações ou abrem restaurantes.
Não somos os Estados Unidos, e nenhum país da Europa, e também não escrevo de nenhum grande centro do Brasil, mas não deixarei de acreditar que este modelo de negócio, baseado na produtividade e não no cartão ponto, na honestidade da entrega e não na obrigatoriedade da meta, no comprometimento e não na “escravidão”, seja o modelo que veremos tomar conta das nossas organizações em um futuro breve.
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